Os homens nunca perguntam direcções. É um facto conhecido. O meu avô materno, malaguenho nascido na Argélia por puro acaso, viu-se em 1938 fartinho da guerra civil e sem ver jeito de os republicanos ganharem a coisa e decidiu pular a fronteira. Perguntou o caminho? Não perguntou, claro, nem sequer olhou para o céu e, em vez da Riviera francesa, o nabo deu por si em Vila Real de Santo António.
Por isso encaro isto de ser Tuga como uma espécie de fatalidade.
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